A alegria brota das nuvens que carregam a esperança de um tempo de paz, onde o júbilo se torna palpável no louvor dos mais pequenos, que tiveram no Senhor, as mãos fortalecidas e os joelhos reabilitados.
As mãos se erguem em louvor e se estendem ao mesmo tempo àqueles que minguam numa vida sem esperança, sem alegria. Os joelhos caem por terra em adoração e ao mesmo tempo nas inclinações do serviço da caridade.
A cegueira que impedia o velho homem de contemplar o além, já não existe mais no olhar do homem novo, reerguido da força da Ressurreição. Este mesmo homem espera com paciência e alegria os frutos da Chuva Final, que fecundará de uma vez por todas o novo céu e a nova terra.
Inclinados em adoração, atendendo o convite daquele que grita no deserto, celebramos o Mistério da Encarnação, sabendo que o Pequeno é o Ressuscitado, que neste tempo de espera, acaricia a humanidade numa chuva de bênçãos que cura nossa cegueira espiritual; nos tira da paralisia que nos impede de ir ao encontro do outro; sara nossa lepra na falta de perdão e reconciliação; limpa nossos ouvidos para escutar a Palavra que aquece e envia; tira-nos dos túmulos das depressões existenciais e nos oferece vida em abundância; evangeliza os pobres portadores da alegria gratuita.
por pe. Eder Carvalho Assunção – Missionário da Prelazia de Lábrea no Corno da África
uma leitura orante
1ª Leitura – Is 35, 1-6a.10
Salmo – Sl 145,7.8-9a.9bc-10 (R. Cf. Is 35,4)
2ª Leitura – Tg 5, 7-10
Evangelho – Mt 11,2-11