Acalentados por esta presença sentimos as lágrimas do interior

Caminhamos a passos de esperança que fecundam a criatividade e tornam possíveis as utopias. Este trajeto é sustentado por uma força sem igual que exala uma fragrância fraternal. Tudo isso é degustado por aqueles que na liberdade tomaram a decisão de prosseguir decididamente.

Sabemos que nem sempre são flores as veredas, porém as veredas sempre conduzem as flores, estas amenizam os medos e sustentam o olhar, “fitado” no essencial.

Corações feridos encontram reconforto nesta caminhada, pois ela é bela não somente pelo trajeto em si mesmo, mas pela companhia gratuita “dum Curumim” que escolheu trilhar as veredas daqueles que são oprimidos, encurvados pela ausência de ternura, sedentos de encantos.

Acalentados por esta presença sentimos as lágrimas do interior, nascidas nas fontes das dores da alma, correrem para o exterior passando pelos olhos da contemplação e se derramando nas vertentes descobertas pelo tal companheiro de caminhada.

Extraordinária experiência! Ser amado! Ser encontrado! Ser reencontrado! Ser buscado! Alimentados nas fomes existenciais, acolhidos depois das “errâncias”, vestidos de dignidade!

Em pensar que tudo isso começou quando aceitamos a fazer com “este Curumim” uma parte do caminho, de forma tal o mesmo agora faz parte de nós. Vivenciamos, portanto, uma abundância de gratuidade que gera naturalmente  uma resposta de caridade.

Se a “vida escura tornar-se como o meio dia” é porque o Caminheiro Ressuscitado continua sendo o protagonista desta marcha provisória rumo ao Encontro definitivo.

Deixemos esta contemplação nos transformar em testemunhas eucarísticas, à exemplo de Emaús, portadores de claridade e do bom tempero do amor.

 

Por pe. Éder Carvalho Assunção – Missionário da Prelazia de Lábrea no Corno da África [email protected]

 

Uma leitura orante:

1ª Leitura – Is 58,7-10

Salmo – Sl 111,4-5.6-7.8a.9 (R.4b.3b)

2ª Leitura – 1Cor 2,1-5

Evangelho – Mt 5,13-16

 

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